por Fauntleroy Seg Jun 27, 2011 11:54 am
Acho que há alguns entraves "vocabulares", mas não é nada muito complicado, não, Thiago! Pode parecer difícil, mas a maior parte dos termos "polissílabos" do Calvin são semelhantes em inglês também. Fora que ler na língua original é muito gostoso.
Interessante vocês trazerem isso do não licenciamento do produto, eu acho isso INCRÍVEL! Ao contrário justamente de Peanuts, que tem mil produtos, Calvin SÓ tem tiras e livros, o resto é tudo falsificado e adulterado. O que ocorre é que o Watterson mesmo cita o exemplo de Schulz para lamentar a comercialização dessa forma de arte; ele admira MUITO Schulz, mas diz que na época esses produtos ainda estavam em fase de teste e não se podia imaginar o império que viraria (gente que compra avidamente os produtos e não faz ideia da filosofia da tira, não conhece realmente os personagens, coisas do tipo).
O sensacional "Os dez anos de Calvin e Haroldo" relata toda essa filosofia do Watterson, em que ele diz que não gostaria que a questão da realidade do Hobbes/Haroldo fosse decidida por uma marca de brinquedos, por exemplo. Muito sábio, a meu ver. Não sou contra comercialização de personagens de quadrinhos, mas o caso de C&H é muito peculiar e especial. Lendo esse livro "teórico" que citei, fiquei ainda (se possível) mais fã de Bill Watterson, um mestre.