Produção Brasileira x Produção Italiana

Agora há pouco, eu estava pensando nas histórias italianas, e reparei que todo santo mês os caras desenham uma HQ gigantes, de 30 páginas no mínimo. E isso desde os tempos do Scarpa.

Então, eu procurei no Inducks o número de histórias nacionais com mais de 30 páginas. Resultado: apenas NOVE MÍSERAS HISTÓRIAS!!!

Em seguida, procurei no Inducks pelo número de histórias italianas com mais de 100 páginas. Resultado: 60 HISTÓRIAS!!!

Cara, isso é um absurdo! O que acham destes números?!?

Sabemos que há muito tempo eles tem o poderio no quesito hq's disney, mas o que acontece é que eles estão preparados para tudo, por exemplo, tal roteirista faz uma de 150 páginas, já sabendo quem irá desenhar tal história, eles trocam idéias para que fique melhor e que termine mais rápido e outra se você por exemplo é um desenhista de histórias grandes você vai investir em histórias grandes, gags e capas a mesma coisa, com excessão de alguns, na maioria já bem famosos, diferente do que acontecia no Brasil onde ninguém sabia quem ia fazer o que, você simplesmente escrevia, escrevia, escrevia e 2, 3 anos depois sua hq era publicada sem você saber quem desenho, mesma coisa para desenhistas, eles simplesmente desenhavam o que era pedido, ás vezes não sabiam nem o nome da história, ou o roteirista escolhia um nome, o desenhista adaptava e depois o editor colocava outro, mas eu sei que se o Brasil investisse hoje em novas hq's disney seria de uma forma diferente, bem organizada e melhor

eu acho é q tamanho não é sinônimo de qualidade....

1 histórinha de apenas 6 pág. do zé carioca ou do Morcego Vermelho... bota no chinelo qq italiana com 10 vezes + pág.

adimiro e respeito mto mais... quem consegue fazer uma ótima história com 6 pág... do quem gasta 60 pra atingir mtas vezes um resultado apenas razoável!!!

É o velho caso de quantidade x qualidade...

Se bem que algumas italianas grandonas, como O Mistério Dos Signos, são bem legais, pena que nem todas são assim.

É como eu disso em outro tópico, ás vezes uma tirinha é melhor que uma hq de 150 páginas, vou dar um exemplo, se eu tenho uma idéia muito boa de uma história sobre o Donald e dizer ela ao Al Taliaferro e ao Don Rosa, enquanto Taliaferro encurtará a história e criará uma comédia na forma de tirinha, Keno irá criar um mundo muito complexo para aquilo, irá pensar em backgrounds trabalhados e tudo mais, qual será a melhor é dificil dizer, tudo depende do gosto de cada um

Concordo.

Existem histórias de uma página excelentes e horríveis, e também histórias de mil páginas fantásticas e enfadonhas.

Tudo depende da inspiração.

Agora Bateu aquela saudade das publicações só com tirinhas, por que se uma era ruim a seguinte compensava, bem que uma publicação deste tipo podia voltar, já que o Maffia disse que não podem ser publicadas tirinhas do lado dos créditos

Existe um outro detalhe a se considerar. As histórias italianas ocupam tres linhas de quadro por página, enquanto as brasileiras ocupavam (verbo no passado, o tristeza) 4 linhas de quadro.

Então a proporção é quase que a cada 10 páginas italianas com 30 linhas, você tem tem 7/8 brasileiras com 30 linhas.

Na dobra... 20 italianas = 15 brasileiras
Mais uma dobra... 30 italianas = 21/22 brasileiras.

Mas é verdade que a maioria das histórias nacionais ficam entre 9 a 15 paginas.

Eu não curto muito isso, da a sensação de histórias curtinhas, eu gosto mesmo daquelas gigantescas italianas, vc pega uma aventura com o Indiana com 30/40 paginas, uma caçada ao Tesouro com o Tio Patinhas de 28 páginas. Não dá pra fazer isso com 10 ou 15 paginas (até dá, vc precisa ser um Barks ou semelhante), até mesmo alguns dos bons clássicos de Barks de aventura, tinha entre 21 a 22 paginas (o que equivale a 30 paginas italianas).



Mas a qualidade não está no tamanho das paginas e sim na qualidade do roteiro, como apontaram acima. O problema das historias longas italianas não é roteiro, o problema é que elas são tão grandes, que aqui no Brasil não temos espaço para elas, pois nossas revistas são miudas, com poucas paginas por mes... aí o material italiana não consegue entrar no nosso rodizio.

É por essas é outras que sou a favor de uma publicação onde saia Indiana Pateta e SuperPato, ou uma de cada seria melhor ainda

ro455 escreveu:É por essas é outras que sou a favor de uma publicação onde saia Indiana Pateta e SuperPato, ou uma de cada seria melhor ainda

com certeza... e não só eles, mas existe tanta coisa legal na italia que não vem pra cá. apesar das polemicas, eu gosto muito de Donald Menino. Tenho curiosidade de ver a saga Topolinia. Tem a saga Pateta Reporter, as ineditas do Ranfrei Bogar, da Clarabela Reporter. O que não pode são estas historias mais alternativas tirarem espaço das que são sucesso por aqui, mas deveria te ruma nova revista para este nucleo, pois senão, nunca que vem mesmo ter chance de vingar no Brasil.

Os leitores as vezes julgam uma ou outra historia, mas não analisam o material como um todo, simplesmente porque a editora não dá essa oportunidade para eles. Muitos aqui dizem que odeiam o Donald Menino, mas quantas historias dessa série veio para o Brasil nos ultimos anos? e a origem, e as principais? Aí é que mora o problema. Tal qual o Indiana e todas as historias pulada desse universo dos anos 90, assim como a sua origem.

Se não abrir espaço pro que existe de novo, a gente vai sempre comer arroz e feijão até morrer. Não que não seja sustentável... mas variedade é importante para que os leitores não caiam na mesmisse e se cansem do material. Por isso a Topolino na Italia é tão diversificada de personagens e historias e sagas e arcos e tal.

Acho Donald Menino superlegal, mas confesso que tenho essa opinião por causa da histórias que eu li de publicações italianas, mas não das que saíram por aqui, no Brasil às vezes uma história tem relação com uma mais antiga que continua inédita por aqui e por isso você não entendi nada ou pelo menos nem tudo da história

Voltamos a bater na mesma tecla, precisamos de uma revista Disney com mais de 100 páginas para essas inéditas com mais páginas aqui no Brasil, mas sem ter personagem principalmente definido na capa. Em cada mês poderia vir um personagem diferente na capa, uma dica seria vir o personagem da primeira HQ que abre a edição.
Eu curto as grandes sagas e as histórias curtinhas acabam tão rápido que fica um gosto de quero mais.

Tipo uma Almanaque Disney só com inéditas

MatheusG escreveu:Tipo uma Almanaque Disney só com inéditas

Exatamente Matheus. Começando do nº 1, para poder iniciar uma nova coleção.
Mas o que eu queria mesmo era o retorno de Aventuras Disney, a HQ era excelente e vinha sempre com história inéditas e incríveis. Até hj não entendo pq cancelaram a publicação.

MatheusG escreveu:Tipo uma Almanaque Disney só com inéditas

eu tenho um problema com o nome "almanaque disney".

Primeiro porque teria a discussão sobre numeração. retorna a velha ou começa de novo?

o termo "almanaque" hoje em dia também não é um daqueles que atraem leitores... ficariamos dependende da fama da revista no passado.

E o Paulo Maffia já disse que revistas com nome dos personagens vende muito mais do que "disney isso" ou "disney aquilo".

Eu chamaria uma revista nova de "Donald & Mickey Extra". Não precisa destes personagens na capa, apenas o nome dela para atrair leitores. Talvez faria uma chamada ou um subtítulo para a revista... como um slogan. - "Universo Disney em Quadrinhos" ou sei lá.. algo clichê ou brega, mas a revista teria umas 150 paginas... e traria de tudo do universo disney... com destaque para capas italianas (que são mais bonitas e vivas) e personagens que não aparecem nas mensais e historias especiais, de preferencia com uma chamada de capa. E na capa ainda colocaria uma faixa pequena, anunciando outros personagens dentro da revista.

Marcelo escreveu:

MatheusG escreveu:Tipo uma Almanaque Disney só com inéditas

Exatamente Matheus. Começando do nº 1, para poder iniciar uma nova coleção.
Mas o que eu queria mesmo era o retorno de Aventuras Disney, a HQ era excelente e vinha sempre com história inéditas e incríveis. Até hj não entendo pq cancelaram a publicação.

porque só a metade inicial da revista prestava. todo o resto era descartável. eu odiava comprar essa revista. no começo de cada edição vinham historias revigorantes, novas, inovadoras. E no fim as velharias nostalgicas. Não me entendam mal, não que elas não sejam de qualidade, MAS NÃO COMBINAVAM COM A PROPOSTA DA REVISTA.

Por isso é complicado uma revista de inéditas e republicações juntas... o mix não fica agradável. Historias velhas precisam de tratamento especial, em revistas especiais. Não pode sair juntas com as modernas. O contraste e impressões ficam horriveis.

Então, na sua opinião, Thiago, o melhor seria uma revista grande (120 páginas pra cima) só com inéditas atuais (não inéditas dos anos 50, 60, 70, 80 ou 90), com um título chamativo?

Eu topo!

MatheusG escreveu:Então, na sua opinião, Thiago, o melhor seria uma revista grande (120 páginas pra cima) só com inéditas atuais (não inéditas dos anos 50, 60, 70, 80 ou 90), com um título chamativo?

Eu topo!

Não necessariamente, poderiam haver ineditas das décadas passadas (principalmente anos 80/90 que curto bastante), mas elas precisam de contexto, um espaço especial na revista e uma organização clara de que tratam-se de jóias antigas, porem ineditas. Por exemplo, vai publicar histórias ineditas do romano scarpa? que se prepare uma maratona dele, para sair em seis meses, com uma pagina editorial em cada edição falando sobre a historia e o mestre. não precisa ser uma por edição. depende do autor e da raridade da história. Vai publicar o resto das ineditas de era uma vez na américa? idem. acho que qualquer coisa hoje em dia é publicavel, mas precisa de contexto.

quem comprou tio patinhas algumas meses atrás, leitor novo, que nada entende do mundo disney, e viu aquelas porcarias de historias do Siegel, deve se perguntar como aquilo pode ser tão ruim e sair nos dias de hoje... contexto é importante.

mas uma publicação nova deveria dar prioridade a material mais novo sim, inedito feito na ultima década... eu diria que deveria ser 70% atual e 30% buscando acervo antigo, de outras decadas, dando enfase em grandes historias, artistas e sagas.

"Aventuras Disney" tinha q rodar mesmo....

ao misturar republicação com material inédito: acabava não agradando nem a gregos e nem à troianos.

era uma aberração editorial... pois não se definia se queria atender ao público saudosista q aprecia um bom clássico, ou se queria ser moderna ao trazer material inédito pra quem gosta de novidades??

o melhor a fazer era mesmo cancelar essa naba.... e investir em ALMANAQUES e especiais tipo "Superpato" e "Clássicos da Literatura"!!!

parece q a Abril finalmente entendeu q existem PÚBLICOS DIVERSOS dentro da própria gama de colecionadores Disney... e q 1 única revista não tem como agradar a todos!!!

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HQs mensais, pelo menos no Brasil e mais precisamente em se tratando de gibis infantis e infanto-juvenis, devem ser uma leitura descompromissada, leve, fácil, sem muita complicação e enrolação.

Nesse quesito as HQs Disney nacionais cumpriam esse objetivo ao oferecer HQs curtas e objetivas visando oferecer um conteúdo variado mesmo em gibis com poucas páginas.

As HQs longas são mais indicadas a edições especiais, cujo formato e número de páginas justifiquem tal material. Publicar isso numa mensal de poucas páginas compromete a relação custo-benefício, que é a de ter um gibi com a maior variedade de HQs possível.

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Sim Eu gostaria Não Só um Grande gibi de Ineditas Mas Aquela Coleção Tesouri Que Tem na italia Tinha De Ser lançada Aqui nbem que Fosse Trimestal Adoro historias Longas E Aqui não Tem Espaço Para isso

Tio Bin escreveu:Sim Eu gostaria Não Só um Grande gibi de Ineditas Mas Aquela Coleção Tesouri Que Tem na italia Tinha De Ser lançada Aqui nbem que Fosse Trimestal Adoro historias Longas E Aqui não Tem Espaço Para isso

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